A deficiência de alfa-1 antitripsina é uma doença genética que se manifesta por enfisema pulmonar, cirrose hepática e, mais raramente, por paniculite.
É caracterizada por baixos níveis séricos de Alfa-1 Antitripsina (AAT), principal inibidor de proteases no soro humano. É causada por mutações no gene SERPINA1 (localizado no cromossomo 14), que codifica a AAT e apresenta padrão de herança autossômico recessivo.
Os alelos deficientes mais comuns são PI*Z e PI*S e a maioria dos indivíduos com deficiência de alfa-1 antitripsina grave são homozigotos para o alelo Z (PI*ZZ). Os genótipos ZZ e SZ são fatores de risco para o desenvolvimento de sintomas respiratórios (dispnéia, tosse), enfisema de apresentação precoce e o aparecimento de uma síndrome obstrutiva no início da vida adulta, além de doença hepática aguda ou crônica.
Fatores ambientais, como o tabagismo e a exposição ao pó, são fatores de risco adicionais e estão relacionados a uma progressão acelerada da doença. Em casos muito raros, pode ocorrer paniculite necrotizante e vasculite secundária.