O Papilomavírus Humano (HPV) constitui um grupo heterogêneo de vírus com DNA de cadeia dupla que inclui mais de 100 genótipos diferentes.
O HPV é um vírus que infecta mucosas, embora seja específico do tipo de mucosas que infecta: alguns genótipos atingem a pele (causando verrugas), outros a laringe, outros ainda as mucosas anal e genital.
A infecção por HPV é uma das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST´s) mais frequentes nos países desenvolvidos. A maioria dos casos é autolimitado, com eliminação do vírus pelo sistema imunitário sem quaisquer manifestações sintomáticas. No entanto, em algumas mulheres, o vírus persiste no tecido epitelial do colo do útero, e é capaz de induzir a o desenvolvimento de neoplasias intraepiteliais cervicais (NICs).
A infecção persistente pelo HPV é a principal causa do câncer do colo do útero. HPV tipo 16 e 18 são responsáveis por mais de 70% dos casos de câncer cervical e estão, significativamente, associados a um maior risco de progressão da doença em comparação com outros genótipos de HPV de alto risco.
A Captura híbrida pesquisa os tipos virais de alto risco (16,18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59 e 68), sem entretanto, identifica-los. Permite a detecção de 1 pg/ml de DNA-HPV, equivalente a 0,1 cópia de vírus por célula. Considera-se positivo quando a relação RLU/PC para os vírus de alto risco (16,18,31,33,35,39,45,51,52,56, 58,59 e 68) for igual ou maior que 1.
O teste é semiquantitativo. É importante frisar que esses resultados dependem do número de células infectadas que são coletadas. Dessa forma, coletas com baixo número de células irão, fatalmente, resultar em um valor de RLU baixo e vice-versa. Esses testes têm importância para o rastreio de câncer genital, como câncer de colo uterino e de pênis.